Novos residentes são recebidos no HOA

A residência é uma fase de grandes restrições sim, mas com tempo definido e a recompensa final de uma especialização.

Por: Mariana Lourenço

Não é fácil ficar seis anos estudando medicina em salas de aula e em laboratórios, a insegurança aumenta quando os futuros doutores e doutoras precisam passar pelo teste de fogo que é a residência médica. De acordo com a legislação, os programas de residência médica devem ter 60 horas semanais, com no máximo 24 horas de plantão, sendo que cerca de 80% dessa carga horária é prática. Depois esses profissionais ainda fazem outras subespecializações dentro da sua área, o estudo é constante por toda a carreira médica.

Foram seis anos na universidade e com a teoria em dia, agora é chagada a hora da prática. Na manhã desta segunda-feira, 7 de março, o Hospital Oftalmológico de Anápolis (HOA) recebeu mais três novos residentes: Drª. Amélia de Oliveira Pereira, Dra Mariana Zamboti Rodrigues e Dr. João Pedro Teixeira. Ao todo, o HOA dispõe de nove médicos residentes que compartilham com a rotina do hospital uma nova etapa na formação profissional de cada um.

Os nove residentes são: Drª. Amélia de Oliveira Pereira (R1), Drª. Mariana Zamboti’s (R1), Dr. João Pedro Teixeira (R1), Dr. Salomão Antônio de Oliveira (R2), Dr. Felipe Pereira Carneiro (R2), Dr. Rafael da Silva Vieira (R2), Drª. Ana Carolina Poloniato Brito (R3), Dr. Francisco Dias Lucena Neto (R3), Drª. Sarah Gonçalves da Cruz (R3).

Todos foram recebidos pela Coordenadora da Residencia Médica do HOA, Dra. Caroline Alencar Almeida Ramos que programou um café da manhã e uma breve apresentação do hospital e dos preceptores que acompanharão de perto o trabalho de cada residente pelos próximos três anos.

Dra. Carol, como é conhecida, orienta os novos médicos para importância do compromisso com o horário, comportamento, entre outras dicas para que eles tenham noção de como será a rotina daqui pra frente. “Além do conhecimento teórico, que dividimos com os residentes, nós orientamos cada um para que eles fiquem atentos com a maneira de agir com cada paciente. Organizamos a parte acadêmica e burocrática também de acordo com o que é preconizado pelo MEC”, ressalta a coordenadora da residência médica do HOA.

É interessante perceber no decorrer do tempo o processo de aprendizado de cada um. “De um ano para o outro já é possível perceber o amadurecimento de cada residente. Eles vão se transformando de médicos generalistas em médicos especialistas em oftalmologia”, destaca Dra. Caroline.

A residência no HOA possui um suporte técnico e clínico de excelência e muitas especialidades para que os residentes possam ter experiência em diversas áreas da oftalmologia. “É tudo muito completo, nossa parte cirúrgica e clínica então, eles conseguem ter vivências específicas dentro da especialização oftalmológica. Eles atendem diversos pacientes clínicos dentro das diversas especialidades que o HOA oferece”, justifica a coordenadora.

A residência médica em oftalmologia do Hospital Oftalmológico de Anápolis (HOA) conta, atualmente, com 09 residentes, que se dedicam, além do aperfeiçoamento teórico, à assistência clínica e cirúrgica dos pacientes em todas as áreas da oftalmologia.

Em oftalmologia existem várias opções de especialização, praticamente para todas as partes e doenças do olho. Hoje, o residente em oftalmologia do HOA pode desenvolver seu trabalho em:

  • Catarata

  • Cirurgia Refrativa

  • Córnea e Doenças Externas

  • Doenças das vias Lacrimais

  • Doenças das vias Orbitárias

  • Estrabismo

  • Glaucoma

  • Neuroftalmologia

  • Oftalmo-Pediatria

  • Oncologia Ocular

  • Ortóptica

  • Plástica Ocular

  • Retina e Vítreo

  • Visão Subnormal

Atividades dos residentes

O Programa de Residência Médica (PRM) em oftalmologia fundamenta-se em atividades teórico-práticas, com ênfase no desenvolvimento de habilidades e competências em glaucoma, catarata, retina, úvea, refração, lentes de contato, vias lacrimais, plástica ocular e ortóptica, realizadas no HOA.

O programa procura proporcionar ao médico em formação atitudes e competências, para atendimento de crianças e adultos, por meio de ampla vivência em situações que envolvem o cotidiano do oftalmologista.

As atividades teóricas semanais envolvem aulas expositivas, seminários, desenvolvimento e inovação científica e reuniões de discussão de casos da especialidade.

A residência na prática

Na residência médica em oftalmologia os períodos são divididos em Residência 1, Residência 2 e Residência 3, chamados também de R1, R2 e R3. Em cada ano, os residentes fazem rodízio pelos setores do hospital dentro de cada especialidade oftalmológica.

No R1, os residentes observam os atendimentos e podem fazer pequenas cirurgias. “É uma etapa de dedicação quase exclusiva, com muitos plantões e pouco tempo livre”, conta a Dra. Caroline

No R2 e R3, a complexidade dos casos aumenta, as técnicas são aperfeiçoadas e os residentes também auxiliam na instrução e coordenação dos residentes do R1 e dos internos, que ainda são estudantes de Medicina. “Ensinar é uma outra maneira de aprender”, conclui a Drª Caroline.