Projeto HOA de educação continuada: PGRSS, EPIs e lavagem das mãos.

Na palestra de educação continuada foi demonstrado a importância da segurança no uso dos EPIs e a segurança para o trato do Programa de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS) dentro do HOA.

Por: Mariana Lourenço

Na última quinta-feira, 28 de abril, a enfermeira e responsável técnica Lana Paula Barbosa Pires ministrou, em conjunto com a médica residente, Dra. Mariana Zamboti’s a palestra de educação continuada para falar sobre EPIS, sobre o Programa de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos de Saúde (PGRSS) e sobre lavagem das mãos.

O Hospital Oftalmológico de Anápolis (HOA) entende que a Enfermagem desempenha importante papel na preparação dos procedimentos médicos dentro do HOA, além de conduzir ações assistenciais, educação preventiva, visando ao autocuidado, a segurança e facilitando a orientação do paciente e dos outros colaboradores dentro do hospital.

A maioria das instituições de saúde tem um setor denominado “educação continuada ou contínua” ou “educação em serviço” para desenvolver atividades especificas de orientação para evitar contaminação, para segurança e prevenção de acidentes. A Organização Panamericana de Saúde (OPAS) recomenda que um profissional (enfermeiro) seja o coordenador e responsável por este Setor.

A participação dos enfermeiros é essencial, porque eles mantêm contato direto e permanente com a equipe de enfermagem, com os médicos, os colaboradores e os pacientes. O que possibilita perceber a realidade e avaliar as necessidades para direcionar a comunicação eficaz, garantir a segurança no trabalho e evitar contaminações.

Sobre o PGRSS

Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004, o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS) é constituído por um conjunto de procedimentos de gestão. “Estes procedimentos são planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos de serviços de saúde e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. Aqui no HOA, somos responsáveis e acompanhamos todo o processo, do manejo, ao descarte, da coleta até o momento da incineração”, relatou a enfermeira Lana.


O gerenciamento é muito complexo, pois os profissionais lidam desde materiais como seringas, agulhas, até a retirada de um olho, ou parte dele. “O olhos que são retirados dentro do centro cirúrgico é levado para biópsia antes de ser incinerado. Isso acontece porque necessitamos do laudo para saber qual tipo de doença atingia aquele olho. Então, temos uma responsabilidade gigantesca quando falamos do nosso PGRSS aqui no HOA. Sempre tivemos critérios e nunca tivemos problema até agora com relação à nada que envolve esse processo”, afirma a enfermeira.

Lana passou orientações específicas aos colaboradores do HOA, e ressaltou a importância do autocuidado ao manusear qualquer objeto dentro do hospital.

Lavagem das mãos e uso dos EPIS

Você sabia que uma simples lavagem de mãos pode ser alternativa eficaz na prevenção de infecções graves? De acordo com orientações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o ato de lavar as mãos corretamente impede o risco de transmissões cruzadas de micro-organismos, entre eles, o coronavírus (Covid-19).

A lavagem das mãos deve acontecer de acordo com as superfícies com que a pessoa entra em contato, ser feita com água e sabão e durar pelo menos 1 minuto”, orienta a médica residente do HOA, Dra. Mariana Zamboti’s. Para o álcool 70% em gel ou solução, a orientação é friccionar as mãos pelo menos por 20 segundos.

Ainda segunda ela, os profissionais da saúde devem respeitar os cinco momentos de higienização das mãos. Apesar das especificidades entre a lavagem das mãos dos profissionais que atuam no sistema de saúde e da população em geral, todos devem tomar medidas de precaução padrão. “O ideal é que você higienize as unhas, o dorso das mãos, entre os dedos, a polpa digital para que se tenha uma lavagem completa”, orienta.

Dra. Mariana Zamboti’s falou também aos colaboradores sobre a importância em utilizar corretamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). “Os Equipamentos de Proteção Individual são capazes de prevenir grande parte dos acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. O uso é essencial para garantir a biossegurança hospitalar, já que são eles que vão prevenir a contaminação e a disseminação de microrganismos, fungos e bactérias que provocam doenças. E saber manuseá-los é essencial. Para cada”, finalizou a médica residente do HOA.

Um dos grandes desafios dos gestores em clínicas e hospitais é prevenir as infecções causadas por agentes contaminantes, como bactérias, vírus e outros microrganismos. Para tanto, é uma exigência e normativa aqui no HOA que todos os profissionais recorram aos equipamentos de EPI, materiais que possibilitam a realização de procedimentos de forma segura e eficaz.

Os equipamentos de proteção individual (EPI’s) da saúde são tão essenciais que estão previstos em norma regulamentadora. A NR 32, por exemplo, trata das medidas necessárias para combater as doenças ocupacionais e garantir condições laborais apropriadas aos colaboradores.