Tratamentos para Glaucoma

O Hospital Oftalmológico de Anápolis (HOA) é precursor no diagnóstico, tratamento e cirurgia minimamente invasiva do glaucoma. 

Por: Mariana Lourenço

 

O glaucoma é uma doença multifatorial caracterizada, sobre tudo, pela pressão intraocular elevada, afetando o nervo óptico, que é a parte responsável por transmitir imagens da retina para o nosso cérebro. O médico oftalmologista Tiago Sena, do Hospital Oftalmológico de Anápolis (HOA), conta que existem tratamentos para o glaucoma, mas se não for diagnosticado em tempo, a doença pode levar ao dano permanente, causando uma atrofia progressiva do campo visual, podendo progredir para cegueira.

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), o glaucoma pode causar cegueira se não for tratada a tempo, pois 80% dos casos não apresentam sintomas no início. “É uma doença silenciosa e crônica que geralmente pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de se evitar a perda da visão. Por isso, a importância de visitar o oftalmologista pelo menos uma vez no ano”, afirma o médico do HOA.

Tipos de Glaucoma

GLAUCOMA DE ÂNGULO ABERTO: neste tipo de glaucoma, o oftalmologista consegue observar o sistema de drenagem (rede trabecular) por meio de técnicas especiais de observação, mas não consegue localizar o ponto exato em que ocorre o bloqueio. Geralmente, o glaucoma primário de ângulo aberto não apresenta sintomas. O paciente não sente dor e perde lentamente a visão, percebendo a perda quando o nervo óptico já está bastante lesado. Devido à ausência de sintomas, a melhor forma de diagnóstico desse tipo de glaucoma é o exame ocular periódico.

GLAUCOMA DE ÂNGULO FECHADO: nesta outra modalidade, o sistema de drenagem é bloqueado, geralmente, pela íris (a parte colorida do olho) e o líquido não consegue penetrar na rede trabecular para ser drenado. O paciente apresenta dores de cabeça e no olho, de forte intensidade, que chegam até a provocar vômitos e redução da visão. A pressão intra-ocular torna-se muito elevada e pode lesar o nervo óptico de forma rápida e agressiva. Este é o quadro de uma crise de glaucoma agudo, caso você se sinta esse tipo de sintoma você pode procurar o Plantão 24H do HOA pelo número (62) 99151-0480. Para evitar à perda visual irreversível, parcial ou mesmo total, em questão de horas.

GLAUCOMA CONGÊNITO: má formação no sistema de drenagem que ocorre do humor aquoso em recém-nascidos e crianças. Os pais, geralmente, observam que a criança apresenta lacrimejamento, dificuldade em tolerar a claridade, perda do brilho da região colorida do olho, aparentando coloração mais azulada e opaca e aumento do volume do globo ocular. Isso pode ocorrer em apenas um olho ou em ambos. No HOA você encontra oftalmopediatras que podem garantir o melhor diagnóstico e o tratamento mais seguro para as crianças.

GLAUCOMA SECUNDÁRIO: neste tipo de glaucoma, o aumento da pressão intra-ocular ocorre após doenças inflamatórias, catarata avançada, alteração dos pigmentos naturalmente existentes dentro dos olhos, hemorragia e obstrução de vasos intra-oculares. Outra importante causa de glaucoma secundário é o uso de colírios de corticóide por tempo prolongado sem indicação e/ou acompanhamento do médico oftalmologista.

Uma alteração importante ocorre quando a lente transparente que existe dentro dos olhos, o cristalino, se torna opaca (ao que se denomina catarata), e abaulada o suficiente para estreitar a passagem do humor aquoso para o sistema de drenagem, podendo causar a elevação da pressão intra-ocular. Nesses casos, a cirurgia de catarata resolve esses problemas.

Tratamentos

Dependendo do tipo de glaucoma e da intensidade dos sintomas, assim como da pressão ocular, o oftalmologista pode recomendar os seguintes tratamentos:

1. COLÍRIOS

Os colírios normalmente são a primeira opção de tratamento do glaucoma, pois são fáceis de utilizar e não necessitam de uma intervenção invasiva. No entanto, estes colírios precisam ser utilizados todos os dias, ou de acordo com as indicações do médico, para garantir que a pressão intraocular se encontra bem regulada.

Nos casos de glaucoma por ângulo aberto, o colírio pode ser suficiente para manter o problema bem controlado, mas nos casos de ângulo fechado normalmente os colírios não são suficientes e, por isso, o oftalmologista pode  indicar fazer terapia com laser ou cirurgia.

2. COMPRIMIDOS

Os comprimidos para glaucoma podem, em alguns casos, ser utilizados em combinação com os colírios, pois também ajudam a diminuir a pressão dentro do olho. Este tipo de medicamento também é mais utilizado em casos de glaucoma por ângulo aberto.

Quando se toma este tipo de medicamento é necessário ir ao nutricionista para adequar a dieta, pois pode ocorrer a diminuição da absorção do potássio, sendo necessário aumentar o consumo de alimentos como frutas secas, banana, cenoura crua, tomate ou rabanete, por exemplo.

3. TERAPIA LASER

A terapia laser normalmente é utilizada quando os colírios e os medicamentos não conseguem controlar a pressão intraocular. Este tipo de técnica pode ser feita no consultório médico e, geralmente, dura entre 15 a 20 minutos.

Durante o tratamento, o oftalmologista aponta um laser para o sistema de drenagem do olho, de forma a fazer pequenas alterações que permitem uma melhora na retirada do líquido. Uma vez que o resultado pode demorar 3 a 4 semanas para aparecer, o médico pode marcar várias avaliações para ir acompanhando a evolução do tratamento.

4. CIRURGIA

O uso de cirurgia é mais comum em casos de glaucoma por ângulo fechado, já que o uso de colírios e medicamentos pode não ser suficiente para controlar a pressão intraocular. No entanto, a cirurgia também pode ser usada em qualquer outro caso, quando o tratamento não está tendo o efeito esperado.

O tipo de cirurgia mais comum é conhecido como trabeculectomia e consiste em fazer uma pequena abertura na parte branca do olho, criando um canal para o fluido do olho sair e diminuir a pressão ocular.

Após a cirurgia, muitos pacientes podem ficar vários meses sem necessitar utilizar qualquer tipo de medicamento e, mesmo quando necessitam, o controle da pressão intraocular é mais fácil. No entanto, isso não significa que a doença está curada, sendo aconselhado manter as visitas regulares ao oftalmologista.

A prevenção do Glaucoma          

Drº Tiago Sena comenta que para prevenir o glaucoma, o ideal é a pessoa se submeter ao exame oftalmológico, pelo menos uma vez ao ano, em qualquer idade, principalmente, se já completou os 40 anos. “Pessoas com mais de 60 anos, que possuem história familiar, fatores de risco – diabetes, miopia, hipertensão arterial -, portadores da doença que estão sob tratamento clínico ou que já se submeteram à cirurgia de glaucoma, deverão ser acompanhadas periodicamente, com frequência determinada pelo oftalmologista”, afirma o médico.

Atualmente, estima-se que existam 66 milhões e 800 mil pessoas com glaucoma no mundo, sendo 6 milhões e 700 mil habitantes bilateralmente cegas. Com o aumento da expectativa média de vida da população, a prevalência da doença vem aumentando.

Drº Tiago lembra que na maioria das vezes, os portadores de glaucoma que não se submetem ao tratamento prescrito, geralmente não o fazem por falta de informações suficientes sobre a gravidade da doença. “O paciente que cumpre o tratamento conforme determinado, mantém a qualidade da visão”, afirma o oftalmologista.

Os exames oftalmológicos de rotina e os exames complementares permitirão a detecção e acompanhamento dos pacientes com glaucoma com o rigor necessário para evitar a perda irreversível da visão. Então agende sua consulta pelo WhatsApp: (62) 3310-5600 e 3310-5640.