Visão e Síndrome de Down

Entenda os cuidados necessários para garantirmos olhos saudáveis.

Por: Mariana Lourenço

Na segunda-feira, 21, é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down e o Hospital Oftalmológico de Anápolis (HOA) tem o maior orgulho e carinho por esses pacientes tão especiais. Os profissionais do HOA trabalham com muito afeto e profissionalismo para atender essa parcela de pacientes que nos motivam a sermos melhores a cada dia.

O Diretor do HOA, Dr. Augusto Pereira, CRM 5892, ressalta que há 35 anos anos atende pessoas com Síndrome de Down, a instituição é uma das pioneiras do Centro-Oeste de Goiás, promovendo a inclusão social e investindo na capacitação dos profissionais e médicos, e em tecnologia para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com Síndrome de Down.

Conscientização

A ideia do dia de conscientização foi da Down Syndrome International, entidade com sede no Reino Unido, em 2006. Mais tarde, em 2012, o evento foi reconhecido e oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU). A escolha da data não foi ao acaso: faz alusão à triplicação (trissomia) do cromossomo 21, condição genética que caracteriza a síndrome. “É o cromossomo que nos une”, lembra Dr. Augusto.

No Brasil, estima-se que cerca de 300 mil pessoas vivam com Down. Para cada 700 crianças nascidas no país, uma deve apresentar a trissomia, que, vale destacar, não é uma doença.

Visão e Síndrome de Down

Você sabia que as crianças com síndrome de Down aprendem mais facilmente com informações visuais? Por isso, qualquer problema de visão pode ter um grande impacto no seu desenvolvimento. Especialistas recomendam que o acompanhamento oftalmológico comece já no nascimento, com exames e avaliações anuais.

Hoje, a estimativa é que até 50% das crianças tenham dificuldade para ver de longe, e outras 20% para ver de perto. E até 90% das pessoas com síndrome de Down podem necessitar do uso de óculos. Outros desvios recorrentes são:

  1. Estrabismo (desvio ocular): acomete cerca de 38% das crianças com síndrome de Down.

  2. Nistagmo: são pequenos movimentos involuntários dos olhos. O tratamento é feito com uso de óculos e tampão, quando necessário.

  3. Catarata: em geral é congênita – a criança nasce com ela. O diagnóstico é feito por meio da avaliação do Reflexo Vermelho do bebê (“Teste do Olhinho”), já na maternidade. Neste caso, o tratamento é cirúrgico e precisa ser feito imediatamente, para permitir o desenvolvimento visual da criança.

  4. Blefarite: É uma inflamação que afeta a pálpebra, junto aos cílios, provocando coceira e vermelhidão ocular. Em casos mais severos, o tratamento é feito com colírios antibióticos ou com corticoide.

  5. Conjuntivite e Obstrução do canal lacrimal: o canal da lágrima tende a ser mais estreito já que, devido à maior frequência de infecções de nariz e garganta nesses pacientes, a drenagem fica bloqueada com facilidade. Isso leva os olhos a lacrimejarem, o que aumenta o risco de infecções. O tratamento é feito com sondagem.

Teste do olhinho

Simples, rápido e indolor, o teste do olhinho é um dos exames que são realizados aqui no HOA. O objetivo é verificar se as estruturas dos olhos do recém-nascido estão saudáveis.

O teste é realizado com o auxílio de um aparelho chamado oftalmoscópio direto, que permite ao profissional analisar os olhos do bebê através de uma lente com luz projetada. “É um teste de triagem, não de diagnóstico”, explica o diretor responsável pelo HOA.

Quando identificamos uma alteração, já orientamos os pais ou responsáveis para uma avaliação mais detalhada aqui mesmo no HOA com os nossos médicos Oftalmológicos”, lembra Dr. Augusto.

Também conhecido como teste do reflexo vermelho, o teste do olhinho pode apresentar três resultados possíveis. “Quando está tudo saudável com o olho do bebê, a luz projetada passa livre pelos eixos visuais, mostrando apenas o reflexo vermelho do fundo do olho”, detalha Dr. Augusto. “Quando não há nenhum reflexo ou esse reflexo é amarelado e brilhante, é uma indicação de que há algo errado e o bebê precisa passar por exames mais completos”, acrescenta.

O oftalmologista Dr. Augusto, médico clínico e cirúrgico no HOA, recomenda que os pais fiquem atentos a alguns sinais para entender que é hora de uma consulta:

  • Alteração de comportamento

  • Olhar não fixa nas pessoas e objetos

  • Esbarra em móveis

  • Desvio ocular (estrabismo)

Ceratocone e a Síndrome de Down

Apesar de ser raro na infância, o ceratocone pode se manifestar durante a adolescência e afeta entre 10 e 15% dos adultos com a síndrome de down. Essa doença consiste no afinamento de uma parte da córnea. Este afinamento provoca um aumento na curvatura, resultando na queda da qualidade da visão e na distorção da imagem.

O tratamento inclui uso de óculos e lentes de contato rígidas. “A identificação precoce da doença permite acompanhamento e tratamento adequado, minimizando o risco de perder a visão, ou a necessidade de transplante de córnea”, conta Augusto. Ele explica que hoje há outras possibilidades de tratamento capazes de melhorar, e muito, a visão de quem tem ceratocone. “A tecnologia permite resultados excelentes, o que representa segurança, precisão e conforto para o paciente”, completa o oftalmologista.

Outro ponto importante é que existe uma relação comprovada entre ceratocone e o ato de coçar e apertar os olhos de maneira inadequada. “Isso porque, quando coçamos os olhos, o movimento quebra mecanicamente estruturas da córnea, que afina e se curva. No início da doença, a pessoa pode não sentir nada, por isso o diagnóstico acaba sendo tardio”, conclui o médico.

O HOA é referência no atendimento as pessoas com síndrome de down. Aqui você encontra a melhor tecnologia e o atendimento de excelência de profissionais capacitados.

Agende sua consulta, pelo whatsapp: (62) 3310-5600 e 3310-5640.

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