Você sabe o que é pterígio?

Pterígeo é uma doença da conjuntiva, membrana que recobre o branco dos olhos (esclera), reveste a pálpebras e pode comprometer a visão. 

 

Sua principal característica é o crescimento sobre a córnea de um tecido fibromuscular esbranquiçado, com o formato aproximado de um triângulo. Segundo a médica residente Dra. Amélia de Oliveira Pereira (CRM – 29235) que atua no Hospital Oftalmológico de Anápolis (HOA) a lesão surge no ângulo interno do olho e caminha em direção ao centro ocular . “Se alcançar e cobrir a pupila, a pessoa deixará de enxergar com o olho afetado”.

Dra. Amélia explica também que o distúrbio pode ser unilateral ou bilateral, isto é, pode surgir apenas num dos cantos do olho, em geral no que fica próximo à base do nariz, ou pode ocorrer nos dois cantos, o interno e o externo.

 

Causas

Ainda não foram totalmente esclarecidos os mecanismos que provocam o aparecimento do pterígeo. A exposição aos raios ultravioleta A e B e o ressecamento ocular parecem como sendo as principais causas conhecidas da doença. Correm risco maior de desenvolver as pessoas geneticamente pré-dispostas que usualmente entram em contato direto com a luz do sol.

O pterígio é capaz afetar um ou ambos os olhos e é uma resposta orgânica do olho a um processo de irritação ocular crônica, que pode ser causada por exposição excessiva ao sol, vento, poeira e produtos químicos.

Além disso, existem outros fatores que podem contribuir para o aparecimento, como ter olhos claros, bem como se expor frequentemente a elementos como a areia, fumaça, poeira e pólen.

Sintomas

A médica residente Dra. Amélia relata que os olhos irritados, vermelhos, lacrimejantes, inchaço e sensação de ardência são sintomas associados ao pterígeo. As alterações visuais aparecem quando o crescimento desse tecido espesso deforma a córnea ou atinge a pupila.

“Pterígeos de crescimento lento podem ser assintomáticos. Mesmo assim, não deixam de representar um inconveniente estético para seus portadores”, afirma Dra. Amélia.

Diagnóstico

O diagnóstico do pterígeo é basicamente clínico. “Nos estágios iniciais, é importante estabelecer o diagnóstico diferencial com o pseudopterígeo e a pinguécula, um nódulo amarelo e elevado que se forma na conjuntiva, diferente do pterígeo porque não invade a córnea”, explica a médica residente do HOA.

Tratamento

O tratamento do pterígeo deve ser instituído levando em conta a agressividade dos sintomas e o tamanho da lesão. Em alguns casos, o crescimento da membrana carnosa é lento e os sintomas pouco intensos.

Quando o quadro tem essas características, a aplicação de colírios anti-inflamatórios e lubrificantes, por períodos curtos e sob orientação médica, pode ser suficiente para controlar o problema.

Há casos, porém, em que a cirurgia representa a única estratégia terapêutica recomendada para eliminar o pterígeo, que pode ser responsável por alterações visuais, como astigmatismo e até cegueira.

Nos últimos anos, foram desenvolvidas várias técnicas cirúrgicas bastante seguras e eficientes. A intervenção é realizada sob anestesia local, demora aproximadamente 30 minutos e não requer internação hospitalar.

Depois da cirurgia, a aplicação de colírios ou pomadas oftálmicas à base de antibióticos e anti-inflamatórios deve ser mantida por algumas semanas. Atualmente, o tratamento radioterápico com betaterapia após a cirurgia está sendo desaconselhado.
Infelizmente, apesar da evolução ocorrida no tratamento da doença, o risco de recorrência permanece e atinge entre 15% e 30% das pessoas que já passaram pela cirurgia.

Recomendações

Não se conhecem medidas preventivas contra o pterígeo, mas alguns cuidados podem retardar o aparecimento e evolução da doença. Uma delas é evitar a exposição excessiva ao sol e, sempre que possível, usar óculos escuros. A escolha desses óculos deve obedecer aos seguintes critérios básicos:

a) O modelo deve ter tamanho e coloração adequados para proteger toda a área dos olhos;

b) As lentes devem ter proteção UVA e UVB.

– É sempre importante lembrar que existem óculos especiais para a prática de esportes, como natação, esqui na neve, ciclismo, squash etc. Não deixe de usá-los.

– Qualquer alteração ou sintoma diferente que apareça em seus olhos, não se automedique. Consulte um oftalmologista. Siga rigorosamente suas recomendações e só use colírios ou pomadas oftálmicas que ele prescrever.

De que forma é possível previnir o pterígio?

Vimos anteriormente que a exposição ao sol pode afetar e ser um dos causadores de pterígio. Por isso, é importante proteger nossos olhos desses raios UV usando óculos escuros com proteção adequada, independente se esteja ensolarado ou nublado.

Além disso, outro fator importante que contribui para a prevenção é a hidratação/lubrificação ocular, principalmente em ambientes com o uso de ar condicionado, clima seco ou vento diretamente nos olhos. Nesses casos, o uso regular de lágrimas artificiais (colírios lubrificantes) pode ajudar.

Contudo, sempre que apresentar problema ou alteração ocular é imprescindível se consultar com o oftalmologista antes de se automedicar. Somente o especialista  mediante a consulta e exames, poderá avaliar o grau e o tratamento correto para casos de pterígio, de modo a evitar a progressão da doença ou consequências mais graves.

O corpo clínico do Hospital Oftalmológico de Anápolis (HOA) possui oftalmologistas especialistas nesta área, além de equipamentos modernos, com nível de precisão no diagnóstico para indicação do melhor tratamento aos pacientes.

As informações desta matéria  foram esclarecedoras? Caso tenha alguma dúvida ou você esteja com algum incômodo nos olhos, entre em contato conosco.